
O derbake (ou tabla) é um rico instrumento de percussão da família árabe. Utilizado nos principais conjuntos árabes, o derbake, além de fazer a base para todos os outros instrumentos do conjunto, pode ainda ser tocado sozinho, formando assim o tão conhecido “solo de derbake”.
O derbake é tocado com as mãos, posicionado sob um dos braços (esquerdo para os destros e direito para os canhotos) e apoiado sobre a respectiva perna.
Antigamente, o corpo do derbake era feito de barro, revestido com pele de cabra e os músicos sentavam-se em cima dele momentos antes de tocá-lo, para aquecê-lo. Hoje em dia o derbake é feito de alumínio, revestido com pele sintética. Esta mudança derivou da dificuldade dos percussionistas árabes em afinarem o seu instrumento, dependendo da região ou local onde estavam a tocar.
Este riquíssimo instrumento de percussão caracteriza-se por possuir dois “extremos sonoros” muito diferentes e muito bonitos. Ao mesmo tempo que o derbake pode realizar o seu toque de tom grave - O DUM - pode realizar, por contrapartida, o seu toque de tom agudo - O TAK – formando, assim, os ritmos e solos de derbake, comumente conhecidos.
A dança com solo de derbake simboliza a técnica mais antiga e enraizada da bailarina, um momento de êxtase, com fortes batidas do coração e o sangue circulando nas veias.
Nos solos de percussão, a bailarina expressa-se através do quadril, que é mais belo, tecnicamente, oriental e primitivo. Os movimentos de cabeça, mãos, peito, troncos e cambrets interpretam a emoção; já os quadris e os ombros desenvolvem a técnica.
Entre o derbakista e a bailarina deve existir um entendimento mútuo e é necessário que ele conheça o estilo de dança dela e ela, por sua vez, o estilo de toque dele. É fundamental que a bailarina – para além do derbakista, que deverá conhecer uma grande variedade de ritmos – aprenda, pelo menos, alguns dos ritmos árabes, que são complexos, alguns oriundos de países distintos.
Através de uma combinação de toques e ritmos, o derbakista monta o seu solo de derbake. O solo de derbake “ao-vivo” é composto de acordo com a bailarina que irá dançá-lo. Ele tem que ser adaptado e moldado de acordo com o perfil e os gostos da bailarina, para que assim a apresentação se torne agradável e bela.
Texto adaptado dos seguintes links:
http://bellydanceracleka.multiply.com/journal/item/22/Solos_de_Derbake
http://dianabellydance.multiply.com/journal/item/2
Aproveito para também vos deixar o seguinte endereço, do músico Pedro Françolin: http://www.derbake.com.br/ritmosarabes.html, onde poderão encontrar, para além da descrição dos ritmos árabes existentes, um pouco de cada batida (aconselho o Windows media player).
P.S.1: Por agora, para além do Baladi, também adoro o ritmo Said, pois é tipicamente utilizado para danças da bengala e do pandeiro… :P
P.S.2: Não resisti a meter um post mais pormenorizado sobre estes solos pois finalmente, ao fim de alguns meses, tive o prazer de novamente voltar a aprender não só uma coreografia nova como também mais uma outra forma de "bellydançar"...lol
P.S.3: Deixo-vos um mimo: um endereço de um vídeo que encontrei no youtube que penso ser elucidativo para todas as meninas que pretendam aventurar-se um pouco por estes solos ;) http://www.youtube.com/watch?v=djMb3jPwbNU (se preferirem, pesquisem pelo nome
Intermediate Belly Dance Class Drum Solo Choreography).
Beijo.