O que será a vida? Quando é que, de facto, nos sentimos realmente vivos? Será mesmo necessário ao longo de toda a nossa existência estarmos constantemente à procura de algo para provarmos, a nós próprios, de alguma maneira, que estamos realmente vivos? Que a nossa existência não se resume unicamente a satisfazer as nossas necessidades mais básicas, enquanto animais - alimentarmo-nos, dormirmos, sermos saudáveis, usufruirmos do conforto que os bens materiais nos proporcionam…que ela serve, também, para podermos procurar aquilo que dê significado a esta nossa condição, a de seres humanos?
Os dias de hoje…
Somos afortunados…cada vez mais aquelas condições são satisfeitas, uma maior abertura mental e espiritual é mais evidente na sociedade (ainda que muito lentamente) …é nos dado um maior espaço para dedicarmo-nos às nossas aspirações pessoais…
A evolução cada vez mais nos oferece um maior leque de oportunidades para podermos concretizar aquilo que nos realiza, aquilo que nos dá a resposta para o que tantas vezes procuramos: o significado da nossa vida, o que ela é e como é que a devemos viver…
A existência é a primeira condição para estarmos vivos e não mortos.
Porque é que alguém tem de morrer?
Alguém tem de morrer para que aqueles que ficam possam dar valor à vida.
A paz não se encontra fugindo à vida…a morte é apenas a certeza de que tudo tem um fim, de que o nada, o vácuo, o fim da existência – o desaparecimento total – é a maior certeza de que temos conhecimento…
Como será não ter emoções, sensações e sentimentos?
O que é não sentir?
O que é não pensar?
O que é não viver?...
O nada, o vácuo…é a morte. O fim certo.
"A vida num momento em gestos nunca iguais…"
A vida é feita de momentos…mas de todos eles, aqueles que ansiamos mais por viver são aqueles que nos trazem felicidade…
A felicidade…
Os contos de fadas...o incutir de ideias como ‘felicidade eterna’ e do ‘felizes para sempre’…é como devem ser os nossos sonhos…
Discordo de um padrão de sonhos para todos: tantas desilusões que nos trazem mais tarde…
A liberdade de podermos idealizar o nosso próprio conto de fadas…um mais realista mas, ainda assim, que nos realize…
Ser-nos-à dada essa liberdade? De idealizarmos a nossa própria felicidade sem termos de nos basear em padrões? Não sofreríamos menos se assim fosse? Será que iríamos ser capazes de dar o devido valor a esses melhores momentos?
O que sei é que a vida é feita de momentos…todos eles diferentes…a felicidade quando aparece é naquele momento…naquele instante…com aquela intensidade…depois, entre os momentos estão…sobre o que somos, estão…as horas…sempre…
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